No dia 29 de maio comemora-se o Dia do Gastroenterologista e o Dia da Saúde Digestiva. A data foi instituída pela Organização Mundial de Gastroenterologia e tem como objetivo sensibilizar a população para a prevenção e alertar quanto à saúde digestiva.
Adotar um estilo de vida mais saudável já é um começo para se evitar uma série de doenças, incluindo o câncer, como o de estômago, por exemplo, geralmente associado a uma dieta rica em alimentos industrializados e em sódio (sal) e pobre em vegetais, obesidade e sedentarismo, embora possa apresentar outras causas, como a genética do indivíduo.
Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontam os três tipos de cânceres que mais acometem o aparelho digestivo. São eles: o colorretal, mais incidente, estima-se que a incidência seja de 41.010 novos casos no país; de estômago, com incidência estimada em 21.230, e esôfago, estimados em 11.340.
De acordo com a cirurgiã oncológica Carla Simone da Silva, do Instituto de Oncologia do Paraná – IOP, “É essencial que a população conheça os sintomas desses três tipos de cânceres e que procure seu médico caso sinta algo diferente no seu cotidiano, como por exemplo, alteração do hábito intestinal, dor abdominal e declínio geral da saúde”.
Saiba mais sobre os sintomas e formas de diagnósticos
O câncer de intestino – colorretal tem como características de sintoma o sangramento anal, eliminação de sangue ou muco nas fezes, alteração do hábito intestinal, mudança no aspecto das fezes (fezes em fita, por exemplo). A melhor maneira para se diagnosticar é pela colonoscopia, conhecida como procedimento padrão. A Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza que sejam feitos exames de rastreamento do câncer de colon e reto em pessoas acima de 50 anos.
O câncer de estômago pode se originar de vários tipos celulares, sendo o adenocarcinoma responsável por 95% dos casos. Os sintomas mais comuns são: dor na “boca do estômago”, fezes escuras, sensação de estômago cheio, dificuldade para engolir alimentos, perda de apetite, náusea e vômito, fraqueza ou cansaço e perda de peso involuntária. Para o diagnóstico o exame mais indicado e eficiente é a endoscopia digestiva com biópsia das lesões suspeitas. “Infelizmente, a maioria dos pacientes chega com tumores em estadio mais avançado, por isso reiteramos que no aparecimento de sintomas suspeitos, as pessoas procurem um médico para esclarecimento e investigação. O diagnóstico precoce aumenta as possibilidades de cura”, cita a cirurgiã.
O câncer de esôfago é mais frequente em homens e o tipo mais comum é o chamado carcinoma epidermoide, localizado na região superior/média do esôfago, trecho do sistema digestivo que conduz o alimento da boca ao estômago. “Em sua fase inicial esse tipo de câncer não costuma apresentar sintomas, porém, ao se verificar alguns sinais como dificuldade ou dor para engolir, emagrecimento, tosse, pneumonia por refluxo e rouquidão, é melhor buscar ajuda médica. Da mesma forma que para câncer de estômago, o diagnóstico é alcançado via endoscopia digestiva, seguida de biópsia para a confirmação histológica”, destaca Carla Simone.
Fatores de risco
. Dieta pobre em frutas, legumes e vegetais. Dieta rica em sal e produtos industrializados
. Idade
. Tabagismo
. Sedentarismo
. Obesidade
. Infecção por H.pylori
. Histórico familiar
. Anemia perniciosa